Por favor
Quero o meu amanhã, imprevisível e discreto
Quero tecer os meus laços, passo a passo.
Dava tudo o que tenho e tudo o que não tenho
Para viver! Não, viver não, apenas:
Quero respirar e sentir todas as fragrâncias
Quero ver cada silhueta cada contraste
Quero ouvir cada som ou sinfonia
Quero sentir, apenas sentir;
Sentir-me electrocutado por todas as vibrações
Ou algo que se assemelhe
GRITAR EM GRANDES GRAVES E AGUDOS TONS!
No entanto...
Sou um fardo, um caminhante das sombras,
Sombras essas bem iluminadas
Mas parece que a pupila não consegue focar
Estarei cego?
vagueio e vagueio
Sem rumo.
Abstenho-me do cheiro do toque dos sons
Da visão nem vale a pena falar.
Está tão escuro, escuro demais.