domingo, 19 de outubro de 2008

Vagabundo


Vê o invisível, é o que não é.
Navega, terra e mar, aprende a divagar.
De porto a porto, de casa em casa, deixa uma marca!
Essa marca, é uma imagem, que vive em quem o vê.
É um desconhecido, tratam-no por forasteiro.
Mas quem conheceu o mundo de pólo a pólo foi ele.
Vive dele e ele será a sua casa.
Ninguém o quer ninguém o respeita.
Mas na sua perfeita resposta, um sorriso basta!
E segue caminho, destemido entre os temíveis barulhos, que para ele são tão companheiros!

Mas o que se passa? Porque chora ele?
O seu sorriso, morreu.
Porque dentro de uma casa tão grande, é o mais desconhecido, um mundo sem vivalma.
E de repente uma luz, um perfume que lhe encanta o olfacto.
Uma mão, com toque de seda, que lhe limpa as lágrimas.
O que viu ele?
E entre gaguejos o vagabundo disse, um ser, humano!

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